Oi, meu nome é Edimilton Santos, mas muitos me chamam de Juninho, tenho 19 anos, sou aspirante a jornalista, bonito, elegante, e muito modesto. Hoje venho falar sobre a fotografia em minha vida, não é nada demais, mas também não é algo que possa se deixar passar em branco.
A fotografia sempre esteve presente em minha vida, das partes em que me lembro, percebo que sempre tentei tirar proveito dela, mas não um proveito moral, sentimental, e sim material, capitalista. A verdade é que sempre fingi não gostar de tirar fotos, apenas para ganhar algo em troca, e assim dar os direitos de imagem a minha amada mãe. Durante muito tempo funcionou, ganhei doces, boneco do Power ranger, carrinhos, guloseimas, enfim, eu tirava muito proveito das fotos que eram tiradas. Mas um dia, as coisas já não eram mais como eu queria, e parei de receber recompensas para ser modelo, comecei a sair com a cara emburrada em 70% de minhas fotos.
Digamos que minha família tem uma afinidade muito grande com a máquina fotográfica, desde os primórdios tempos, lá estavam os Santos de Jesus com uma máquina na mão. Se existe uma pessoa em minha família que gosta de fotografar, essa é minha tia mineira, Simone Pereira dos Santos. Ela simplesmente tem a câmera como uma segunda pele, aonde a câmera vai, Simone vai atrás, ou vice versa.
Fotos: Edimilton Santos
Para mim, o fato de poder parar um momento para sempre, é simplesmente mágico, coisas pequenas que quando lembradas em uma fotografia se tornam grandes, reconfortantes. Tenho uma foto muito legal, que pode representar isso que acabei de dizer, uma foto em que meu pai solta um flatos no hora do “olha o passarinho”. Hoje quando olhamos aquela foto, percebemos o quanto pequenos momentos são importantes, e que aquelas gargalhados no momento do click perpetuam-se ainda nos tempos atuais a cada vez que paramos nossos olhares naquele instante eternamente parado.
A fotografia é na verdade uma grande tentativa de vencer o tempo, mas o que resta é apenas a lembrança de tempos, sejam eles bons ou ruins, eles estarão sempre sendo revelados para as pessoas, para o mundo. Ai está uma coisa que não entendo, mas mesmo assim vos digo: “Olha o passarinho!”